domingo, 2 de fevereiro de 2014

A História dos Surdos

 No passado, os surdos eram considerados incapazes de ser ensinados, por isso eles não frequentavam escolas.
As pessoas surdas, principalmente as que não falavam, eram excluídas da sociedade, sendo proibidas de casar, possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas. Assim, privadas de seus direitos básicos, ficavam com a própria sobrevivência comprometida.
No final do século XV, não havia escolas especializadas para surdos; pessoas ouvintes tentaram ensinar aos surdos; surge Girolamo Cardano, um italiano que utilizava sinais e linguagem escrita; posteriormente Pedro Ponce de Leon, um monge beneditino espanhol que utilizava, além de sinais, treinamento da voz e leitura dos lábios.


 Nos séculos seguintes, alguns professores dedicaram-se à educação dos surdos. Entre eles, destacaram-se:
Ovide Decroly (Bélgica)
                                           Alexandre Gran Bell (Canadá e EUA)
                                                              Samuel Heinicke (Alemanha)
Abbé Charles Michel de I'Epée (França)

Ivan Pablo Bonet (Espanha)

1.880 CONGRESSO MUNDIAL DE PROFESSORES DE SURDOS
Esses professores divergiam quanto ao método mais indicado para ser adotado no ensino dos surdos. Uns acreditavam que o ensino deveria priorizar a língua falada (Método Oral Puro) e outros que utilizavam a língua de sinais ( já conhecida pelos alunos ) e o ensino da fala (Método Combinado); em 1880, no Congresso Mundial de Professores de Surdos (Milão - Itália), chegou-se à conclusão de que todos os surdos deveriam ser ensinados pelo Método Oral Puro.

                                          1.855 HERNEST HUET CHEGA  AO BRASIL
Um pouco antes (1857), o professor francês Hernest Huet (surdo e partidário de I'Epée, que usava o Método Combinado) veio para o Brasil, a convite de D. Pedro II, para fundar a primeira escola para meninos surdos de nosso país: Imperial Instituto de Surdos Mudos, hoje, Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), mantido pelo governo federal, e que atende, em seu Colégio de Aplicação, crianças, jovens e adultos surdos, de ambos os sexos.

A partir de então, os surdos brasileiros passaram a contar com uma escola especializada para sua educação e tiveram a oportunidade de criar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), mistura da Língua de Sinais Francesa com os sistemas de comunicação já usados pelos surdos das mais diversas localidades.
A.J. de Moura e Silva, um professor do INES, viajou para o Instituto Francês de Surdos (1896), a pedido do governo brasileiro, para avaliar a decisão do Congresso de Milão e concluiu que o Método Oral Puro não  prestava para todos os surdos.

                    SEC. XX  AUMENTA O NÚMERO DE ESCOLAS PARA SURDOS

 No Século XX, aumentou o número de escolas para surdos em todo o mundo; no Brasil, surgiram o Instituto Santa Terezinha para meninas surdas (SP), a Escola Concórdia (Porto Alegre - RS), a Escola de Surdos de Vitória, o Centro de Audição e Linguagem “Ludovico Pavoni” - CEAL/LP - em Brasília-DF e várias outras que, assim como INES e a maioria das escolas de surdos do mundo, passaram a adotar o Método Oral.

                                                          CRIANÇAS SURDAS
A maioria das escolas de surdos do mundo, passaram a adotar o Método Oral; a garantia do direito de todos à educação, a propagação das ideias de normalização e de integração das pessoas com necessidades especiais e o aprimoramento das próteses otofônicas fizeram com que as crianças surdas de diversos países passassem a ser encaminhadas para as escolas regulares.


                    BRASIL - SALAS DE RECURSOS E CLASSES ESPECIAIS
                                           
No Brasil, as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação passaram a coordenar o ensino das crianças com necessidades especiais (inicialmente denominadas portadoras de deficiências) e surgiram as Salas de Recursos e Classes Especiais para surdos, além de algumas Escolas Especiais, com recursos públicos ou privados; com a organização das minorias no âmbito mundial, por terem garantido seus direitos de cidadãos, as pessoas portadoras de necessidades especiais passaram a apresentar suas reivindicações que, no caso dos surdos, são: o respeito à língua de sinais, a um ensino de qualidade, acesso aos meios de comunicação (legendas e uso do TDD) e serviços de intérpretes, entre outras; com os estudos sobre surdez, linguagem e educação.

                          DÉCADA DE 70 INÍCIO DO BILINGUISMO NO BRASIL


 No final do século, os surdos assumiram a direção da única Universidade para Surdos do Mundo (Gallaudet University Library - Washington - EUA) e passaram a divulgar a Filosofia da Comunicação Total .
Veio para o Brasil uma professora dessa Universidade na década de 70 e depois disso iniciou-se uma movimentação sobre o bilinguismo no Brasil. Linguistas brasileiros começaram a se interessar pelo estudo da Língua de Sinais Brasileira (LIBRAS) e da sua contribuição para a educação do surdo.
1986 - início do projeto de alternativas educacionais

No ano de 1986 a direção do Instituto Nacional de Educação de Surdos, inicia "Projeto de Alternativas Educacionais", PAE. Um projeto de pesquisa que visa a implementação da Comunicação Total em grupos de alunos já matriculados na instituição.

                                                                     1994 - LIBRAS
Em 1994, passa-se a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), criada pela própria comunidade surda.
 
                                                            24 DE ABRIL DE 2002
Vem 24 de abril de 2002, a lei nº 10. 436 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de abril de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Jogo de Libras

http://www.educajogos.com.br/jogos-educativos/alfabetizacao/nome-imagem-libras/

Jogo de Geografia

http://www.jogos-geograficos.com/jogos-geografia-Cidades-do-Mundo-Junior-_pageid106.html

Jogo de Matemática

http://rachacuca.com.br/jogos/aritmetica-com-cartas/

Jogo de Língua Portuguesa

http://educarparacrescer.abril.com.br/100-erros/


Jogo de Inglês com Geografia

http://www.escolagames.com.br/jogos/aprendendoIngles/




Equipe de Professores Colaboradores

                                                              Milton Júnior - Professor do Ensino Fundamental e Médio de Língua Portuguesa e Inglesa .



                                                            Elmo Camacã - Professor do Ensino Fundamental e Médio de Geografia .
Ana Kátia - Professora do Ensino Fundamental e Médio de Língua Portuguesa ,Inglesa e Espanhola .
Cidenísia - Professora do Ensino Fundamental e Médio de Matemática .
Anailda - Professora do Ensino Fundamental e Médio de Matemática